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O despertar da consciência das crianças



O despertar da consciência das crianças[1]

O despertar da consciência inicia-se nas imediações do impacto tal como o do filho pródigo[2] quando volta ao lar: no inédito que quebra a monotonia e aguça asperezas propiciando reflexão. Ensaiar a paz com crianças é como plantar uma semente em terreno fértil e, ao mesmo tempo, descobrir que o despertar é seu. Totalmente.

Chico foi apresentado aos amiguinhos que, de pronto, se interessaram por sua história neste centenário de seu nascimento. A intimidade com que foi tratado pelos pequenos comprova quão extensa no tempo e no espaço é sua luz. Sobrenome Xavier, mundialmente conhecido, emociona idosos, crianças, jovens e, se brincar, até cachorros[3].

Nada é por acaso. Nem a emoção, que sempre é efeito. Simplificar conteúdos preparando-os para o entendimento das crianças permite redescobrir elucidando o que antes apenas achava que compreendia. Muito da magia do mundo está nas crianças, elas compreendem tudo sem questionar e sempre sugestionamos seu despreparo negável.

Despertar da consciência efetiva-se na prática do bem que, por ventura, pode ser chamado de ensaio de paz. Os caminhos não são outros, mas os passos são. Iluminemo-nos com nosso próprio brilho, pois este é o artifício de luxo das crianças. Jesus disse: “Deixai vir a mim as criancinhas, pois é delas o reino dos céus”. Tornar-me-ei, então, um espelho com memória para absorver com exatidão as formas da perfeição infantil.

Criança cria a qualquer dia e purifica-se como Cristo fazia. Sussurrar as fontes de tamanha beneficência é revelar a inesgotabilidade das gotas de amor que perpassam tempo e espaço rumo ao transcendente. Num raio de luz, uma faísca pode abrasar-nos e cegar-nos, mas quando nos preparamos para o trabalho de repasse à criança, acabamos por nos abrir inconscientemente à paz que vem se ensaiar e por isto recebemos a bênção da renovação pelo despertar da consciência que se projeta firmemente.


[1] Publicado no blog http://www.ensaiosdepaz.blogspot.com. Inspirado na experiência da Evangelização Infantil durante a XXVII Semana Espírita de Palmelo e o 1454º Encontro Fraterno Auta de Souza, em julho de 2010.

[2] Ver Parábola do Filho Pródigo.

[3] Encarnado, Chico Xavier adorava cães e tratava-os muito bem. Em especial tinha uma cachorrinha a quem cuidou até o leito do desencarne, chegando a enterrá-la (foto2).

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