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Entre instintos e sentimentos


Entre instintos e sentimentos[1]

Blog: Ensaios de Paz[2]

Inegavelmente a atuação humana no planeta Terra é impulsionada por alguma força, tal como a lei da física explica: um objeto só é movido se há alguma força geradora. Vamos tratar a força pelo termo energia. Afinal, que energia nos move a viver? Entre instintos e sentimentos logramos a paz.

“Ter a paz que finge ter”, narra uma música espírita[3] – “e amar como Ele amou”. Não necessitamos burlar a paz, precisamos apenas fazer ensaios de paz a fim de nos elevar e não de dizermos-nos perfeitos. O conteúdo dos frutos da árvore depende de fatos exteriores e do tratamento que recebe, mas antes de tudo, das condições da raiz, por isto a importância de saber o que nos impulsiona, enquanto árvores, a crescer e gerar frutos.

Os pintores e artistas gráficos entenderão quando eu digo que entre o preto e o branco há tonalidades que podem compor qualquer cor, exatamente, a ciência hoje, identifica 255 tons. A energia que nos move obedece à mesma lógica. Entre o instinto e o sentimento caminhamos colorindo nossa estrada tanto quanto a nós mesmos.

Primitivamente a alma humana era guiada por instintos, que não são senão sentimentos sem razão. São como a semente que um dia poderá ser planta. O instinto faz parte do ser humano e não nos cabe negá-lo, pelo contrário, devemos assumi-lo, tal como temos que fazer com a sombra que nos segue aonde formos e não adianta dissimular, pois ela estará ali representando “toda beleza e abominação”[4].

O instinto ainda está conosco e é energia motivadora de muitos de nossos atos. A energia se fortalece e torna-se sublime na sutileza do sentimento que nos aproxima agora dos anjos, santos ou deuses, como quiser chamar, pois com nomes, sobrenomes e titulações diferentes são os mesmos espíritos elevados por suas obras.

À medida que nos desprendemos dos bens materiais alcançamos as virtudes do sentimento, pois o instinto é do corpo do humano e o sentimento é do espírito. Tanto a razão quanto a emoção concordam que o instinto nos equipara aos animais no que tange à forma de viver com o único objetivo de procriar.

Não desconsideramos que o instinto atua nos animais impondo-lhes o respeito à natureza, ou seja, não é algo ruim, é apenas primitivo agir no ciclo sem saber o porquê disto. Quando achamos este “por que” já encontramos os sentimentos. O estado latente de nossas almas é no sentimento. “Eu sou o amor, eu sou o amor” [5]. E o que existe entre o instinto e o sentimento somos nós.


[1] Artigo publicado em Ensaios de Paz (http://www.ensaiosdepaz.blogspot.com).

[2] Direitos autorais da página citada sob a responsabilidade do autor do blog.

[3] Música espírita sob o título “Raiz”, pode ser acessada em: http://www.scribd.com/doc/6682800/Musicas-Espiritas

[4] Citando a canção “A sombra” de Pitty.

[5] Trecho retirado da canção em louvor à Mãe Terra sob o título “Wiracoxa”. Agradecimentos à socióloga Dra. Rosa Maria Viana por apresentar a canção em dança circular. A letra pode ser consultada em: http://diogodamascenopires.blogspot.com/2008/09/cultura-de-paz-valores-humanos-e.html

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